Neurociências e a Economia

Sim, Não; esquerda, direita; aceitar, rejeitar; Um empresário que pegue na caneta com a mão esquerda figura um desenvolvimento do hemisfério direito do cérebro e tem características intrínsecas a esse como o pensamento simbólico e a criatividade. Por outro lado, 98% das pessoas têm o hemisfério esquerdo mais desenvolvido responsável pelo pensamento lógico e competência comunicativa. A nossa vida está repleta de escolhas, desde as mais importantes, como uma mudança de emprego, às mais banais como a compra de uma bebida. A economia é um conjunto de escolhas, sendo que estas são influenciadas pelas neurociências. Temos um grande investigador e cientista nesta corrente das neurociências António Damásio.

As zonas do cérebro (Cingulado, orbitofrontal, caudado, putamen, ventral, pré-frontal, amígdala e dopamina) envolvidas na decisão onde os estímulos racionais e emocionais dão várias contribuições para uma decisão. O Cingulado avalia “quanto custa uma bebida” e dá noção do esforço. O Orbirofrontal mede o “valor emocional ou empatia material que atribuímos à bebida” e dá noção de valor. O Caudado mede o que tenho de fazer para recompensar a decisão de compra como “quantas horas de trabalho é necessário para obter a bebida”. A putamen “bebo sempre esta bebida” e dá o efeito de rotina. O Ventral associa os estímulos e sensações e entra no campo da ação da publicidade na questão “esta bebida é boa e satisfaz-me”. O Pré-frontal estabelece a relação entre o custo e benefício traduzido no “-pago esta bebida, mas toda a gente vai perceber o que estou a beber” (status e prestígio). A Amígdala atualiza o valor das coisas onde constata “esta marca de bebida é a melhor e está melhor que nunca”. A Dopamina dá a medida do erro “da ultima vez que bebi esta bebida não me matou a sede ou fiquei mal disposto”.

Se falamos da avaliação da taxa de juro ou compra de um edifício é uma decisão racional. Contudo, na aquisição de uma obra de arte ou da opção de tom vermelho é uma escolha emocional que não é tão simples esclarecer.
Nas diversas situações de tensão o cérebro leva-nos a decidir pelo caminho mais fácil. Por conseguinte, a intuição, emoção, racionalidade, treino e mecanização compreende cada decisão que numa escala no nosso dia-a-dia dita comportamentos do consumidor e dos produtores e em muitos detalhes e pormenores das neurociências traduz o rumo da Economia.